A alopecia
androgenética (queda de cabelo geneticamente determinada) é a mais frequente
causa de queda de cabelo no homem e uma das principais causas na mulher. Afecta
apenas o cabelo da região superior da cabeça, mantendo-se o cabelo intacto de
lado e atrás. O que herdamos é o receptor para a hormona masculina (esta última
existe em homens e mulheres). No homem há um recuo da linha anterior de
implantação do cabelo. Na mulher esta linha permanece mantida, mas
observando-se progressiva redução de densidade na parte superior da cabeça.
Dada a limitação do tratamento médico,
encontraram-se formas de resolver cirurgicamente o problema. Os primeiros
transplantes para minorar a alopecia androgenética efetuaram-se há meio século.
A técnica evoluiu muito nos últimos anos.
Desde há dez anos a técnica que realizamos
chama-se FUT (Transplante de Unidade Folicular). Retiramos cabelo de áreas nas
quais o cabelo não cai (área dadora), habitualmente sob a forma de uma fina
tira de pele ou folículo a folículo. Os cabelos da tira são cortados de forma
microscopicamente controlada. Realizam-se micro-orifícios na área em que
queremos melhorar a densidade de cabelo. Finalmente, introduzem-se os folículos
contendo uma unidade folicular em cada orifício. O cabelo transplantado cai
entre o 1º e 2º mês. Renasce entre 3º e 4º mês, dura toda a vida, e tem um
aspecto natural.
Aspeto ao fim de 2 anos pós transplante em mulher |
Uma história
clínica cuidada é fundamental. Doenças como diabetes, hipertensão e discrasias
hemorrágicas deverão estar controladas. A intervenção dura em média 4 ou 5
horas, após as quais o doente vai para casa. Os efeitos adversos comuns são um
inchaço nas pálpebras que ocorre entre o 2º e 6º dia pós transplante e
pequeníssimas crostas que se notam no local de cada folículo implantado durante
15 dias.
Com a técnica actual é possível
efectuar sessões de mais de 1500 cabelos implantados. É importante a espectativa
ser adaptada à realidade. Uma sessão de transplante melhora muito a densidade
mas nunca permitirá a densidade de cabelo normal, já que redistribuímos cabelo
de uma área pequena para uma bastante maior (ao nascer temos no couto cabeludo
cerca 150.000 folículos). A incapacidade para compreender a limitação do método
deve ser causa de exclusão. O resultado é tanto melhor quanto maior for a
espessura do cabelo e a densidade da área dadora. Quanto mais precoce se
efectuar a intervenção menos impacto terá na imagem (o máximo impacto ocorrerá
numa fase em que já não existam cabelos na área recetora). A técnica é
particularmente interessante na mulher, em que habitualmente não há áreas
totalmente despovoadas, e na qual o reforço da área dos 2 ou 3 cm anteriores
pode ter um efeito magnífico. No homem com alopecia androgenética, são
espectáveis, durante uma vida, três sessões: uma para reforço anterior, uma de
reforço posterior, e uma que une ambas áreas. Um facto interessante é que o
resultado final pós transplante vai melhorando até 2 anos após o procedimento.
Nos homens não se pode ceder à tentação de colocar a linha anterior muito à
frente, sob pena de parecer pouco natural numa fase mais adiantada da vida.
Por outro
lado, o transplante de cabelo também permite corrigir as cicatrizes
determinadas por doenças inflamatórias do couro cabeludo desde que a doença não
esteja ativa (ver alopécia cicatricial), bem como cicatrizes provocadas por
traumatismos, por tumores, por intervenções cirúrgicas, por radioterapia, infeções,
acne, etc.
O transplante
permite restaurar também pelo em outras zonas que não o couro cabeludo. É
frequente fazermo-lo na área das sobrancelhas (escolhendo-se para tal cabelos
da área supra-auricular) bem como em cicatrizes da área da barba. No
transplante de sobrancelhas o ponto crucial para um bom resultado é a
inclinação que damos aos folículos (mimetizando a natural). Finalmente, é
possível conjugar transplante (zona anterior) com prótese (zona posterior) com
bom resultado cosmético.
Dr.
Rui Oliveira Soares
Olá! Antes de tudo keria felicitar pelo blogue.
ResponderEliminarEu fiz transplante capilar há uma semana com o dr rui Oliveira Soares e só tenho a referir aspectos positivos.alem da profissionalismo de toda a equipa é de salientar o seu lado humano,simpatia e visão prática da situação.
Se precisarem não hesitem em procurar ajuda de quem realmente percebe do assunto.
Boa sorte!!!
Olá! Antes de tudo keria felicitar pelo blogue.
ResponderEliminarEu fiz transplante capilar há uma semana com o dr rui Oliveira Soares e só tenho a referir aspectos positivos.alem da profissionalismo de toda a equipa é de salientar o seu lado humano,simpatia e visão prática da situação.
Se precisarem não hesitem em procurar ajuda de quem realmente percebe do assunto.
Boa sorte!!!
Boa tarde dalila. Tem algum contacto para fazer lhe algumas perguntas sobre a sua experiência? Muito obrigada desde já pela disponibilidade. F.
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